O Conselho de Sentença da Comarca de Igreja Nova condenou Genilson Ferreira Silva, acusado de matar a ex-namorada, Maria Claudinete Catum, em 2016, a 31 anos e 7 meses de prisão, em julgamento presidido pelo magistrado Antônio Rafael Wanderley Casado da Silva, realizado nesta quarta-feira (12)
Lembre o Caso: Suspeito de matar caixa de supermercado está foragido; PC Divulga foto
Após ouvirem as testemunhas e os debates entre o Ministério Público e a defesa do acusado, que ficou a cargo da Defensoria Pública, o Conselho de Sentença, em sua maioria, votou pela condenação de Genilson Ferreira pela prática de feminicídio duplamente qualificado pelo motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A vítima foi morta com 32 disparos de arma de fogo, enquanto trabalhava como operadora de caixa, em um supermercado em Penedo. O homicida entrou no supermercado, sacou uma arma de fogo e deflagrou diversos dela que morreu antes mesmo de receber socorro médico.
Após o crime, o elemento fugiu em uma motocicleta roubada por ele e, após abandonar o veículo região de São Sebastião, embarcou em um ônibus clandestino em direção a São Paulo. Ele foi preso quatro meses depois em uma cidade venezuelana, na fronteira com o Brasil, onde estava escondido, após trabalho conjunto entre Polícia Civil e Interpol.
Genilson foi condenado por homicídio duplamente qualificado e roubo.
De acordo com os autos, Genilson matou Claudinete, motivado por ciúmes. No celular da vítima foram encontradas diversas mensagens de ameaças, onde o elemento dizia, inclusive, que se “ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”.
relembre o crime-
O principal suspeito de assassinar a tiros da caixa de supermercado Claudinete Catum, crime ocorrido no dia 23/02/2016, em Penedo, chegou a ser considerado foragido da Justiça. De acordo com o delegado Guilherme Iusten, que presidiu o inquérito policial, Genilson Ferreira Silva, de 39 anos, é o autor dos disparos que resultou na morte da mulher.
O mandado de prisão foi expedido a pedido do delegado. O suspeito foi visto pela última vez logo após o crime, embarcando em um ônibus clandestino com direção ao estado de São Paulo.
“Logo após o crime ele abandonou, em São Sebastião, a motocicleta que havia roubado horas antes do homicídio e fugiu. Isso só confirma que o crime foi premeditado, bem planejado”, enfatizando que a Polícia Civil conseguiu chegar até Genilson Ferreira depois de realizar diligências, ouvir testemunhas e analisar imagens do circuito interno de segurança do local onde o crime foi registrado.
Para a polícia não resta dúvidas de que o crime foi passional. Genilson teria matado Claudinete Catum porque ela não aceitou o fim do relacionamento.