O assessor da Vice-Governadoria, Josivan Vital, se manifestou, por meio de uma nota de esclarecimento, sobre o envolvimento do nome dele em suposta denúncia de desvio de cestas básicas em Arapiraca.
O servidor público prestou queixa à Polícia Civil após ter o nome envolvido na polêmica que iniciou após um vídeo apócrifo ser compartilhado nas redes sociais. No vídeo, aparece uma caminhonete aparentemente particular, com a caçamba carregada de cestas básicas, parada em um posto de combustíveis em Arapiraca. O autor da filmagem afirma que o veículo é de “assessor de Luciano Barbosa”. As imagens, no entanto, não mostram quem está conduzindo o veículo.
Em nota (leia na íntegra ao final da matéria), Josivan Vital classificou a situação como “notícia falsa”, “absurda, desrespeitosa e mentirosa”. “Esta situação nos afeta enquanto cidadão, causando transtornos irreparáveis. Como servidor público, sempre prezei pela honestidade e transparência no cargo exercido”, declarou. Ele ainda afirma que já tomou as medidas necessárias para que sejam investigados responsáveis pela autoria e disseminação da “notícia falsa”, se referindo a abertura de inquérito policial.
Leia, na íntegra, a nota de autoria de Josivan Vital:
Esclarecimento
Venho a público manifestar o meu repúdio aos ataques com notícias falsas envolvendo, de forma caluniosa, o meu nome.
Essas notícias falsas divulgadas por meio do aplicativo WhatsApp, na segunda-feira (04/05/2019), além de absurda, desrespeitosa e mentirosa, fere a minha honra e a minha integridade.
Esta situação nos afeta enquanto cidadãos causando transtornos irreparáveis. Como Servidor Público, sempre prezei pela honestidade e transparência no cargo exercido.
Diante deste lastimável episódio, comunico que já tomei todas as medidas cabíveis de investigação e punição dos verdadeiros responsáveis pela autoria e disseminação desta notícia falsa.
Josivan Vital
A entrevista com suspeito de compartilhar no Whatsapp , a noticia que Josivan afirmou ter sido o Fakenews
Um dos acusados de compartilhar a notícia é conhecido como Marcos Popim, que na manhã desta quinta-feira (07), compareceu à Central de Polícia respondendo à intimação feita pela Polícia Civil no dia anterior para prestar esclarecimentos sobre o assunto.
Em entrevista para uma emissora de rádio, Popim afirmou ter recebido o vídeo em um grupo de WhatsApp administrado por ele e negou que a denúncia contida nas imagens seja falsa. “Fake news não é. Tem o vídeo da Amarok, tem a placa em que não colocamos nenhuma tarja exatamente para a polícia investigar. Tinha entre mil e mil e quinhentos quilos de alimentos, quem tem Amarok sabe que aquilo ali não é maneiro [leve]. Fake news é quando você inventa, mas quando você filma e mostra a filmagem, o papel da polícia é investigar. Quero dizer muito claro que quem deve ter medo da polícia são os bandidos, os ladrões, exatamente esses caras que vivem surrupiando”, afirmou.
Marcos Popim ainda afirmou que em decorrência do suposto “desvio” de cestas básicas, os alimentos não estariam chegando às pessoas que realmente precisam, então citou como exemplo o bairro onde ele mora. Sem citar o nome da localidade, ele afirmou que o bairro recebeu apenas 36 unidades de cestas básicas para distribuir para a população carente. “Você acha que em um bairro que tem mil casas, que tem no mínimo 350 pessoas associadas e só receber 36 cestas básicas não é um absurdo? Enquanto essa caminhonete estava com 1.500 quilos de alimento, sem nenhum tipo de identificação”, disse. Ouça abaixo todos os trechos da entrevista de Marcos Popim, falando ao radialista Mitchel Torquato, e explicando que não entende que o que fez foi Fakenews e explicando por que não compareceu a delegacia, assim que foi intimado.