
Os réus Vanessa Ingrid da Luz Souza, Thiago Handerson Oliveira Santos, Saulo José Pacheco de Araújo, Victor Uchôa Cavalcanti e Nayara da Silva acusados de torturar e queimar a jovem Franciellen Araújo Rocha, em fevereiro de 2013, foram condenados por unanimidade.
O Conselho de Sentença decidiu conforme pedido feito pelo Ministério Público e acatou a tese da acusação de homicídio triplamente qualificado com emprego de fogo, meio cruel e dissimulação dos autores do crime.
O juiz Geraldo Cavalcante Amorim preside a sessão e deve anunciar em breve a dosimetria da pena dos réus.
O caso
Franciellen foi torturada e queimada viva na última quinta-feira, 15 de fevereiro de 2013. O corpo da jovem foi encontrado próximo ao conjunto José Tenório, na Serraria, carbonizado.
Vanessa foi apontada como a autora intelectual do crime. A raiva dela foi provocada após uma viagem para o estado de São Paulo quando na ocasião, seu companheiro teria tido um relacionamento amoroso com Franciellen. Desta forma, a garota arquitetou o plano, convidou a jovem para uma festa e a atraiu até um apartamento em Cruz das Almas.
Ao chegar no apartamento de Vanessa, na noite anterior à de sua morte, Franciellem foi espancada, teve as sobrancelhas raspadas, foi queimada com cigarro em várias partes do corpo e teve o cabelo cortado. O relato foi unânime, segundo o delegado, dos menores que foram apreendidos acusados de participarem do crime.
Segundo os menores, Vanessa obrigou que todas as 12 pessoas presentes no dia do crime participassem da tortura. “Ela fez até o Saulo [estudante de Direito que também foi preso] participar. Ele nega tudo e disse que só dirigiu o carro, mas as outras pessoas que foram presas afirmaram que ele também participou da tortura. Fizeram barbaridades com a Franciele”, revelou um dos menores (à época).
