A Polícia Civil (PC) prendeu, durante uma operação na manhã desta segunda-feira (6), em Arapiraca, a servidora do Poder Judiciário suspeita de repassar informações sobre uma força-tarefa deflagrada há duas semanas, no Agreste. Além da prisão, a Justiça determinou o afastamento dela do cargo até o fim das investigações.
De acordo com informações repassadas ao radialista Mitchel Torquato, pelo delegado Thiago Prado, coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), a 17ª Vara Criminal expediu mandados de prisão, busca e apreensão e as equipes saíram às ruas, ainda durante a madrugada, para dar cumprimento à decisão judicial.
“O principal objetivo desta operação é resgatar a imagem do Poder Judiciário. A servidora repassou informações sobre a operação e algumas pessoas deixaram de ser presas, gerando uma perda para as instituições. Por isso, instauramos o inquérito e pedimos a intervenção da Justiça”, informou o delegado.
Já o delegado Fábio Costa informou que a servidora ficará afastada do cargo até o final das investigações, conforme determinação da 17ª Vara Criminal. O delegado Fábio Costa, que também participou da prisão, teria ainda informado a prisão de um dos elementos que teria sido avisado da operação,sendo que ele foi preso hoje em companhia da servidora da 8 Vara Criminal de Arapiraca.
Os nomes da mulher e do elemento alvo na operação de dias atrás-
Os delegados confirmaram que a servidora presa foi Rita da Cassia da Silva, que já passou por exame de corpo de delito. Já o elemento preso com ela, e que por sinal ela cita o nome dele em áudio que vazou, foi preso e identificado como Rafael Rodrigo Gomes Silva, que já responde por delitos e que agora está á disposição da justiça.
As investigações.
Os delegados Thiago Prado e Caio Rodrigues, que atuam na Gerência de Recursos Especiais (GRE) – setor que envolve unidades especiais da Polícia Civil, como a Deic – vão dar andamento às investigações sobre um áudio que teria vazado detalhes de uma operação deflagrada na região Agreste, há duas semanas. A decisão é do delegado geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira. Uma servidora do Tribunal de Justiça foi apontada como a responsável pelas mensagens.
O delegado regional de Arapiraca, Igor Diego Vilela – que chegou a iniciar as investigações – informou que encaminharia o caso para a Delegacia Geral, em Maceió, que dispõe de melhor estrutura para dar andamento a esse tipo de investigação.
A Polícia Civil tomou conhecimento do áudio em que a suposta servidora do TJ/AL repassou informação privilegiada para grupos de WhatsApp, a fim de alertar os suspeitos de envolvimento em crimes, como homicídio, assalto e tráfico de drogas. Veja abaixo entrevista de delegados ao detalhedanoticia.com.br também á rádio 96 FM e Diarioarapiraca.com.br feita por Mitchel Torquato.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=4bsPIoYxrbs