Um homem e uma mulher foram encontrados mortos na tarde desta terça-feira (18) dentro de uma residência no bairro do Farol, em Maceió. A polícia investiga qual era a relação das vítimas já que, de acordo com a família, o homem não tinha namorada.
O homem morto foi identificado como Eduardo Henrique Athayde, o Dudu Athayde, 34. Ele era baterista, já tocou na banda alagoana Cannibal e com os cantores Djavan e Guilherme Arantes. O outro corpo é de Dayana Maria Monteiro, 30, natural do Ceará.
Os corpos foram achados pela irmã de Eduardo, dentro de um estúdio de gravação montado na casa. Ainda segundo a polícia, ele morava no local com a mãe.
De acordo com o perito Jose Fernando da Silva, que fez o levantamento no local, os corpos estavam um ao lado do outro, ele com uma marca de tiro do lado direito da cabeça e ela, com uma na testa. Na mão de Eduardo foi achada uma arma, uma pistola 765.
Os dois estavam vestidos, e dentro do estúdio também foram encontradas latas de cerveja e comida.
O delegado Antônio Henrique, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhou a perícia no local, e disse que a suspeita é de homicídio seguido de suicídio, e que o crime pode ter ocorrido na madrugada de segunda (17).
“Você via na situação que o rapaz disparou na Dayane e depois efetuou o disparo contra si próprio. Mas não há como dar certeza disso agora. A gente tem que aguardar o resultado da perícia. Felizmente, encontramos o comprovante da compra de um sushi em uma loja aqui na cidade, feita na madrugada do domingo pra segunda, e que pode ajudar a precisar quando ocorreu o crime”, disse Henrique.
Ainda segundo o delegado, a mulher encontrada com Eduardo estava em Maceió há pouco tempo.
“Temos que investigar, inclusive, as circunstâncias como essa menina veio para cá. Ela é cearense, e está aqui há pelo menos três dias. Verificamos que ela tem a chave do apartamento de uma colega, que é do Ceará e está vindo para Maceió. Segundo a família, o Eduardo não tinha namorada. Não casa o contexto da menina estar com ele”, relata.
Familiares disseram aos investigadores que Eduardo apresentava sintomas de depressão, e passava muito tempo fechado dentro do estúdio.
“A família diz que ele era um rapaz arredio, que tinha transtornos por conta de depressão. Ele gostava de tocar bateria, ficava recluso no estúdio, o que abafou o som do disparo, impedindo que alguma pessoa de fora ouvisse”, afirma o delegado.
A arma encontrada com o músico possivelmente já estava na residência, e pode ter pertencido ao pai dele. Não há, no entanto, confirmação a respeito disso.
Equipes do Instituto Médico Legal (IML), do Instituto de Criminalística (IC) e da Delegacia de Homicídios, liderados pelo delegado Antônio Henrique, foram acionadas ao local para recolher os corpos e realizar os primeiros levantamentos sobre o caso.