Durante a posse de Alfredo Gaspar como presidente do Grupo Nacional de Combate a Organizações Criminosas (GNOC) o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann comentou o alto índice de violência que o Brasil enfrenta e afirmou que planos de segurança serão criados para diminuir o número de casos. Para ele, a principal ameaça da segurança no país é o Sistema Prisional.
Conforme o ministro, a população carcerária ainda é alta no país e que diante dessa situação, o Sistema Prisional é um dos principais problemas que precisa ser enfrentado. “A sociedade ao cobrar que se retire o delituoso das ruas, infelizmente está colocando ele a serviço das facções brasileiras”.
Segundo Raul, o país é recordista mundial no número de homicídios. “São 63 mil homicídios, temos um roubo de veículo a cada minuto e já são mais de 1 milhão. Além dos números de feminicídios, estupros e a insegurança que todos nós convivemos”, destacou.
Jungmann reforçou que será criado um plano e uma Polícia Nacional de Segurança Pública. “Os planos anteriores dependiam da vontade do ministro, agora é uma política nacional é lei e por se tratar de uma lei que emana de um sistema que gera uma política evidentemente que todos participarão”.
Conforme explicou o ministro, o sistema de integração será entre o Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, todas as polícias, entre outros.
Raul também afirmou que antes não havia recursos para a segurança, mas que a Medida provisória 846 que tramita no Congresso Nacional determina que os recursos das loterias esportivas geridas pela Caixa Econômica Federal uma parte seja alocada na Segurança Pública.
“Estamos criando também a Escola Nacional de Segurança Pública para formar gestores de classe mundial e o Instituto Nacional de Estudos e Estatísticas em Segurança Pública. O Brasil é incapaz de produzir uma única estatística”, comentou.
Segundo Jugmann, a importância do Instituto é devido aos Estados que acreditam que um registro não o favorece e não manda dados para “sair bem no papel”. “Se outro que acha que o seu sistema de registro é melhor que o nacional também não vai enviar. Se um terceiro acredita que ele não tem bases para gerar aqueles dados também não entra. É possível se ter uma política nacional de segurança pública sem dados?”, indagou.